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Biogeografia: “A Terra e a vida evoluem juntas”

Por: Gabriela Baptista da Silva, Igor Fonseca Torrente, Leonardo Pimentel da Silva Pena, Lucas Ventura Fiuza e Vitória Ribeiro Conrado da Silva

Texto publicado em 18/08/2020


Para entender os padrões de organização espacial dos organismos e os processos que resultaram em tais padrões de distribuição dos seres vivos ao redor do mundo é importante conhecer três elementos que em conjunto formam a biota: espaço (área geográfica de ocorrência dos organismos), tempo (eventos históricos que influenciaram os padrões atuais) e forma (os grupos de organismos). A partir disso podemos dizer que a Biogeografia é a ciência que estuda a distribuição geográfica dos seres vivos no espaço através do tempo. 


O desenvolvimento do pensamento evolutivo contribuiu com pensamento biogeográfico, trazendo a perspectiva de transformação tanto das espécies quanto da própria Terra, contrariando o pensamento fixista, no qual não há transformação da biota e do espaço geográfico. Além disso, há a mudança da ideia de dispersão das espécies para o paradigma vicariante que serviu de base para a biogeografia histórica.


Fonte: GILLUNG, 2011, p. 2


Os principais processos responsáveis por moldar os padrões de distribuição dos organismos são a vicariância e dispersão. O processo de dispersão parte de uma população ancestral que de um grupo de organismos que ocorria em apenas uma determinada área ocupada atualmente por esse grupo. Posteriormente, essa população se dispersa e amplia sua distribuição, superando barreiras pré-existentes. Já a vicariância ocorre em uma determinada área que somada era ocupada por certa população, a qual é dívida com o surgimento de uma barreira. Nos dois casos a população ancestral sofre uma diferenciação, originando duas populações distintas.


No século XX a ideia sobre o fixismo era muito presente ainda nas geociências, colaborando com o pensamento da imobilidade dos continentes. Foi então que surge a teoria da Deriva Continental, proposta por Alfred Wegener, a qual explica que em um determinado momento histórico os continentes estiveram unidos, formando assim a Pangea. O supercontinente, chamado de Pangea, sofreu fragmentações originando os blocos continentais que foram se afastando até um ponto em que suas posições e formas foram modificadas, atingindo o que conhecemos atualmente.


Além disso, o surgimento do método de Sistemática Filogenética, que classifica os indivíduos de acordo com seu processo evolutivo, deu origem a biogeográfica cladística, que é a integração entre a teoria da Deriva Continental, o conceito de vicariância e sistemática filogenética.


Fonte: GILLUNG, 2011, p.4


A Biogeografia passou a ser concebida da forma como conhecemos atualmente a partir do entendimento consensual sobre a teoria da evolução e da ideia de mobilidade dos continentes, segundo a teoria da Deriva Continental.

 

Referências Bibliográficas:

Gillung, J. P. (2011). Biogeografia: a história da vida na Terra. Revista da Biologia, v. esp.


Materiais complementares:

Papavero, N., & Teixeira, D. M. (2001). Os viajantes e a biogeografia. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 8, 1015-1037.

Caponi, G. A. (2008). De Humboldt a Darwin: una inflexión clave en la historia de la biogeografía. Geosul, 23(45), 27-42.

 

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